Quando eu a conheci ela era só uma menina, uma menina que colecionava.
Ela guardava ingressos de sonhos e histórias que ela via numa tela grande, guardava amor pra um grande amor, guardava amigos como se fossem as maiores jóias, deixava guardado o sonho de ver a famosa NY que tantas vezes ela viu através de uma tela branca. Uma menina que aguardava o momento de virar uma mulher.
Hoje ela também guarda, mas infelizmente nem todas as memórias guardadas são prazerosas. Ela guarda as marcas de um grande amor, mas que não soube ser amado, guarda as lembranças de uma NY que sempre tem data pra chegar mas que também tem data pra partir, guarda amigos mas não sabe por quanto tempo. Os ingressos ela descobriu que se apagam com o tempo e que o que faz ela lembrar são as pessoas que a acompanharam naquele dia. Ela descobriu que ser mulher é muito doloroso do que se vê em filmes. Mas ela não sabe que eu ainda a vejo como aquela menina que colecionava.
Um texto meu pra uma grande amiga
sábado, 10 de dezembro de 2011
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